Quarta-feira, 8 de Novembro de 2006
Em que consiste a embolização uterina

A embolização das artérias uterinas é uma técnica minimamente invasiva, com menos riscos que as técnicas cirúrgicas, cujo objectivo é interromper a circulação sanguínea que irriga os fibromiomas, resolvendo o problema de forma rápida e duradoura e preservando o útero. Para a sua realização punciona-se uma artéria da virilha e através da qual se introduz um cateter para injectar pequenas partículas que vão ocluir as artérias do fibromioma. Sem irrigação sanguínea o fibromioma atrofia-se e os sintomas desaparecem.


A técnica dura aproximadamente uma a duas horas e é efectuada sob controlo fluoroscopico.


As sensações incómodas são evitadas com a administração de medicamentos.

 

Nas primeiras horas as doentes podem apresentar desconforto, náuseas, vómitos, ligeira dor no hipogastro. Nas primeiras 24 a 48 horas pode surgir ligeira febre e sensação de mal-estar geral que é transitório e melhora facilmente com medicação adequada.

 

O sucesso técnico é alcançado em cerca de 95 a 98%. Os primeiros sintomas que desaparecem são a hemorragia e a dor, na maioria das vezes, já no primeiro período menstrual após a embolização. Por tal motivo verifica-se um alto índice de satisfação e de recomendação para outras doentes.

 

A diminuição do tamanho do útero e dos nódulos de fibromioma faz-se gradualmente, verificando-se uma redução de 35 a 75% nos primeiros seis meses. Os fibromiomas continuam a diminuir de tamanho até dois anos após a embolização. Os fibromiomas não desaparecem por completo: sofrem um processo de atrofia e inactivação, tornam-se assintomáticos, quer dizer, não causam mais sintomas, e param definitivamente de crescer.

 

A embolização das artérias uterinas é uma extensão ao útero das técnicas de radiologia de intervenção para redução do débito sanguíneo.

 

As técnicas para redução do débito sanguíneo efectuam-se sobretudo em tumores e em lesões hemorrágicas. Os tumores que se embolizam são tumores muito irrigados quer tumores benignos quer malignos. Dentro dos tumores benignos que embolizamos devemos mencionar os hemangiomas de grandes dimensões do fígado e os fibromiomas uterinos. Os tumores malignos que se embolizam são sobretudo os tumores do rim, do fígado e do útero.

 

A embolização efectua-se também no tratamento de hemorragias incontroláveis com origem nos pulmões (hemoptises), nos órgãos do tubo digestivo, do aparelho urinário e do útero. A paragem da hemorragia é geralmente imediata.

 

Técnicas de redução do débito sanguíneo efectuam-se também no varicocelo e nas varizes da veia ovárica na mulher. Estas podem manifestar-se por varizes vaginais ou pelo síndrome de congestão pélvica que consiste em dores de longa duração no hipogastro que ocorrem geralmente em mulheres de meia-idade e multíparas.



publicado por SCar às 12:44
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